Nesta terça-feira, 23, a Meta revelou a versão mais recente do seu modelo de inteligência artificial, o Llama 3.1, que chega em três variações. Uma dessas versões se destaca como o modelo de IA mais avançado da Meta até agora.
Mantendo a tradição das versões anteriores, o Llama 3.1 é de código aberto, permitindo acesso gratuito ao público.
Este lançamento reflete o significativo investimento da Meta em IA, visando competir com startups como OpenAI e Anthropic, além de gigantes da tecnologia como Google e Amazon.
Embora a empresa não tenha divulgado os custos de desenvolvimento do Llama 3.1, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, afirmou recentemente que a empresa está destinando bilhões ao avanço da IA.
++Tecnologia de rastreamento geoespacial assegura carne livre de desmatamento
Com essa novidade, a Meta demonstra que a abordagem aberta pode ser tão eficaz quanto a abordagem fechada, comumente adotada por outras empresas de IA. No entanto, essa estratégia coloca a empresa no centro de um debate sobre os riscos de liberar IA sem controles rigorosos. A Meta treina o Llama para evitar a geração de conteúdos nocivos, mas o modelo pode ser ajustado para remover essas proteções.
Segundo a Meta, o Llama 3.1 é comparável às melhores ofertas comerciais de IA, como as da OpenAI, Google e Anthropic. Em certos benchmarks de progresso em IA, a empresa afirma que seu modelo é o mais inteligente do mundo.
Transformação no cenário
Em uma carta aberta acompanhando o lançamento, Zuckerberg comparou o Llama ao sistema operacional de código aberto Linux.
Quando o Linux ganhou tração nos anos 90 e início dos anos 2000, muitas grandes empresas de tecnologia investiam em alternativas fechadas, criticando o software de código aberto como arriscado e pouco confiável. Hoje, o Linux é amplamente utilizado em computação em nuvem e serve de base para o sistema operacional móvel Android.
“Acredito que a IA seguirá um caminho semelhante”, escreveu Zuckerberg. “Hoje, várias empresas desenvolvem modelos líderes fechados, mas o código aberto está rapidamente reduzindo essa diferença.”
++ Ciberataque deixa cidade ucraniana sem aquecimento por dias, revela relatório
O Llama 3.1 possui 405 bilhões de parâmetros, ou elementos ajustáveis. A Meta já lançou duas versões menores do Llama 3, uma com 70 bilhões de parâmetros e outra com 8 bilhões. Também foram lançadas hoje versões atualizadas desses modelos, denominadas Llama 3.1.
Embora grande demais para rodar em um computador comum, a Meta assegura que muitos provedores de nuvem, como Databricks, Groq, AWS e Google Cloud, oferecerão opções de hospedagem para que desenvolvedores possam utilizar versões personalizadas do modelo. O Llama 3.1 também pode ser acessado em Meta.ai.
Diferentemente dos modelos mais recentes da OpenAI e Google, o Llama não é “multimodal”, ou seja, não foi projetado para lidar com imagens, áudio e vídeo. No entanto, a Meta afirma que o modelo é significativamente melhor em utilizar outros softwares, como navegadores da web, algo que muitos pesquisadores e empresas acreditam que pode tornar a IA mais útil.
Não deixe de nos seguir no Instagram para mais notícias da Pardal Tech