As recentes inundações no Rio Grande do Sul desencadearam uma mobilização tecnológica notável, evidenciando a sinergia entre inovação e assistência em momentos de crise. Mais de 200 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas residências, sendo que cerca de 48 mil buscaram refúgio nos 315 abrigos ativos no estado, conforme dados da Defesa Civil.
A rápida ocupação desses locais levou à necessidade de uma solução tecnológica capaz de monitorar a situação dos abrigos e consolidar informações provenientes de canais informais de comunicação, como o WhatsApp.
No epicentro desse esforço está o Tecnopuc, parque científico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), onde mais de 100 profissionais, incluindo desenvolvedores, programadores e cientistas de dados, se voluntariaram para criar soluções emergenciais.
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Melissa Trevisan, líder de engenharia de soluções da Gx2 e integrante desse coletivo, descreve a evolução do projeto, que inicialmente concentrou-se no cadastramento de desabrigados e progrediu para atender às demandas das autoridades públicas. A colaboração estendida para parcerias com empresas, visando suprir necessidades de mão de obra.
O ápice desse esforço foi a criação do “Abrigos RS”, uma plataforma que centraliza informações sobre os abrigos, suas necessidades de doações e voluntários, permitindo que os órgãos governamentais acessem dados em tempo real. Atualmente, 10 cidades utilizam esse serviço em cerca de 230 abrigos, demonstrando sua eficácia e relevância.
Além disso
Em cooperação com o Ministério Público do Rio Grande do Sul, o grupo teve acesso ao código do aplicativo “Adote o Amanhã”, utilizado por lares adotivos, para desenvolver o “Apoio Enchentes RS”. Essa solução tem como propósito conectar abrigos a pessoas e empresas dispostas a prestar auxílio, facilitando a visualização das necessidades específicas de cada local.
Trevisan destaca a importância de centralizar esforços e evitar duplicações de trabalho, especialmente diante da sensibilidade das circunstâncias, que envolvem pessoas desaparecidas e em processo de resgate.
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Além dos voluntários, diversas empresas estão engajadas na iniciativa, fornecendo suporte técnico, logístico e financeiro. Um apelo especial é feito para empresas de infraestrutura de TI, pois algumas regiões afetadas ainda carecem de energia elétrica, sendo essencial o fornecimento de geradores para garantir a continuidade das operações.
Nesse cenário de adversidade, a tecnologia emerge como uma aliada fundamental, não apenas para mitigar os impactos imediatos das enchentes, mas também para promover a solidariedade e a resiliência comunitária.
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