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segunda-feira, setembro 9, 2024

Estudo revela maior incidência de burnout entre líderes de startups

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Uma pesquisa conduzida pela Comunidade de Tecnologia Strides, em parceria com a Endeavor, revelou que líderes de startups enfrentam uma proporção significativamente maior de burnout em comparação com grandes empresas de tecnologia, e-commerce e software.

O setor de tecnologia tem passado por uma série de desafios nos últimos tempos, incluindo a inflação em alta, redução de investimentos institucionais e demissões em massa. Esses fatores têm exercido uma pressão considerável sobre os empreendedores e líderes do setor.

Pesquisa

De acordo com o estudo “Panorama da Liderança de Tecnologia 2023-2024”, a incidência de burnout entre os líderes de startups chega a 38.46%, enquanto em empresas de e-commerce é de 18.75%, em empresas de software é de 16.67% e em big techs é de 15%.

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Thaylan Toth, mestre em psicologia organizacional pela Universidade de Columbia e fundador da startup de gestão de pessoas Mindsight, destaca que o burnout geralmente decorre da ansiedade gerada por expectativas elevadas que não podem ser alcançadas pela capacidade de entrega. Além disso, a dificuldade de lidar com múltiplas demandas simultâneas, tanto no trabalho quanto na vida pessoal, pode levar a uma crise mental que evolui para o burnout.

Toth ressalta que o ambiente volátil do setor de tecnologia torna os profissionais mais suscetíveis à ansiedade. Nas startups, em particular, existe uma mentalidade de corrida, com a consciência de que poucas empresas sobreviverão. Isso cria um senso de urgência intenso em relação à saúde mental, com pressões para escalar rapidamente, obter status de unicórnio e receber investimentos milionários, o que pode levar a sentimentos de inadequação e desvalorização.

Apesar da alta incidência de burnout…

O estudo revelou que o setor de tecnologia registrou um índice de felicidade no trabalho acima da média. Cerca de 65.38% dos líderes participantes afirmaram estar felizes em seus cargos atualmente, embora o índice de realização profissional não ultrapasse os 62%.

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As startups têm sido uma alternativa popular para aqueles que foram recentemente demitidos. Entre os que pediram demissão, 28.57% citaram a má liderança na empresa anterior como motivo para migrar para uma startup. Outras razões incluem a falta de oportunidades de desenvolvimento de carreira (19.64%) e problemas com a cultura da empresa (17.86%).

O estudo também destacou a falta de investimento em capacitação de líderes nas startups. A proporção de líderes (33%) que afirmaram não participar de treinamentos periódicos devido à ausência de programas de incentivo foi notável. No entanto, 65.38% dos líderes declararam ter recebido feedbacks recentes sobre suas carreiras.

Além disso…

A pesquisa revelou que muitos líderes de startups trabalham no formato de pessoa jurídica (26.67%), embora a maioria (66.67%) trabalhe como CLT. O trabalho totalmente remoto é mais comum, com 41.38% dos líderes optando por esse formato, enquanto apenas 18.18% trabalham exclusivamente presencialmente.

A diversidade também foi abordada no estudo, com a presença de mulheres na liderança das startups alcançando 24.14%. No entanto, outras métricas, como a representatividade racial, não foram detalhadas. Dos entrevistados, 66.12% se declararam brancos, enquanto pretos e pardos representam 28.1%. Surpreendentemente, nenhuma das lideranças pretas entrevistadas relatou ter cargos com hierarquia superior a gerente sênior.

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