A startup norte-americana, Caliza, é uma empresa especializada em transferências internacionais que anunciou a captação de US$ 8,5 milhões em uma rodada de investimentos. O aporte visa expandir suas operações no Brasil e iniciar sua entrada no mercado mexicano, prevista para até o final de 2025.
Fundada em 2021 por Ezra Kebrab, a empresa oferece uma API que permite a bancos e fintechs oferecerem exposição ao dólar a seus clientes, a tecnologia da companhia funciona como uma alternativa ao SWIFT, possibilitando transferências instantâneas entre contas bancárias de diferentes países, enquanto o SWIFT pode levar dias.
Chegando ao Brasil em setembro de 2023, a startup planeja dobrar sua força de trabalho no país, garantir licenças regulatórias essenciais e desenvolver produtos financeiros inovadores.
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Em entrevista ao Startups, Ezra Kebrab explicou que a Caliza foca no B2B, oferecendo uma alternativa ao SWIFT para instituições financeiras e empresas.
“Nós não somos um negócio de remessas internacionais. Nossos clientes são fornecedores, empresas de trade finance, bancos digitais, além de empresas que usam nossos recursos para folha de pagamento e gestão de tesouraria, ou seja, para mover fundos internacionalmente”, afirmou.
Ezra destacou que mais de 80 países possuem soluções de pagamentos em tempo real, porém limitadas ao âmbito doméstico. Desde a criação do SWIFT nos anos 70, não houve uma nova tecnologia para transferências internacionais.
Durante sua passagem pela Visa, como diretor global de produtos e programas para fintechs, Ezra percebeu a demanda por uma nova infraestrutura que moderniza esse envio de dinheiro entre países, especialmente no Brasil e no México.
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“O Brasil é provavelmente o país mais interessante em termos de adoção de pagamentos instantâneos, graças ao Pix. Muitas pessoas de fora do Brasil não entendem o quanto as coisas mudaram nos últimos quatro anos.
Acho que por estarem tão acostumados com esse tipo de operação, existe uma realização de que esses pagamentos em tempo real deveriam existir entre fronteiras também”, comentou Ezra.
Com o surgimento das moedas digitais emitidas por bancos centrais, como o Drex no Brasil, essa movimentação pode ganhar ainda mais segurança.
“Estamos muito animados com o que o Banco Central brasileiro está fazendo com o Drex. O mundo inteiro tem olhado para o que o Brasil está fazendo em termos de moedas digitais, e isso é certamente algo que estamos acompanhando com atenção”, concluiu.
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