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terça-feira, dezembro 10, 2024

Gemini é acusado de vasculhar documentos pessoais sem permissão

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O assistente virtual Gemini, equipado com inteligência artificial, está sob acusação de escanear arquivos PDF armazenados no Google Drive sem a autorização dos usuários, conforme apontou um especialista em IA na plataforma X (antigo Twitter). O Gemini estaria resumindo automaticamente documentos, mesmo quando o recurso está desativado.

A descoberta veio à tona quando Kevin Bankston, conhecido especialista em IA (@KevinBankston no X), estava editando um documento pessoal no Google Docs. Ele relatou que, inesperadamente, o Gemini ofereceu uma versão resumida do arquivo, já completamente pronta.

O problema é que o documento era pessoal e Bankston não tinha intenção de usar a IA do Google. Portanto, o modelo do Google analisou e processou o arquivo sem a devida autorização.

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“Acabei de acessar minha declaração de renda no Google Docs e, espontaneamente, o Gemini a resumiu. Então, o Gemini está ingerindo automaticamente até mesmo os documentos privados quando eu abro no Google Docs?”, questionou Bankston em sua publicação.

Na thread original, Bankston detalha o processo para tentar desativar o recurso — e nem mesmo o Gemini conseguiu fornecer as instruções corretas. Ele encontrou a configuração da função “Resumir documentos”, mas percebeu que já estava desabilitada.

Após uma investigação mais profunda, Bankston concluiu que o problema começou após ele ter acionado o botão do Gemini em pelo menos um documento, ativando assim a IA no Google Docs. A partir daí, todos os arquivos daquele formato passaram a acionar os recursos do modelo do Google.

Outra hipótese levantada por Bankston foi sua participação no Workspace Labs. Ele descobriu que estava cadastrado como testador desde 2023, e essa participação possivelmente se sobrepôs às configurações normais do assistente.

Riscos do resumo automático

Para gerar resumos de documentos, o Gemini precisa “digeri-los”. Esse processo envolve pegar o documento, enviá-lo para os servidores do Google e devolver a resposta pronta, como se fosse um comando em texto.

No entanto, esse comportamento automático é problemático para documentos pessoais, que podem conter informações sensíveis que o usuário não deseja compartilhar com a IA.

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O fato de a opção para desativar a função não estar acessível também agrava o problema: usuários que não desejam a função habilitada podem encontrar dificuldades para desativá-la.

Até o momento, o Google não se manifestou sobre o assunto. Portanto, não é possível afirmar se a IA realmente está vasculhando documentos pessoais sem ser acionada pelos usuários ou se foi um equívoco específico de Bankston.

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