O Ibovespa registrava queda nas negociações desta segunda-feira (8), abrindo uma semana marcada pela expectativa dos investidores em relação aos dados de inflação tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, na busca por sinais sobre o futuro da política monetária de ambos os países.
Às 10h25, o índice recuava 0,18%, situando-se em 126.036,39 pontos. O dólar à vista avançava 0,33%, sendo cotado a R$ 5,4780. Na B3, o contrato de dólar futuro com vencimento mais próximo também subia 0,33%, negociado a R$ 5,493.
Nesta semana, o foco dos mercados estará na divulgação dos índices de preços ao consumidor no Brasil e nos EUA, à procura de indicações sobre possíveis cortes nas taxas de juros em um cenário global de desinflação.
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No Brasil, o IBGE divulgará na quarta-feira (10) os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para junho. Analistas consultados pela Reuters preveem uma desaceleração, com alta de 0,32%, comparado a um aumento de 0,46% em maio.
Os membros do Banco Central estão observando de perto os números de preços, à medida que aumentam as preocupações com a desancoragem das expectativas de inflação para este ano e o próximo.
Economistas consultados pelo Banco Central elevaram novamente suas projeções para o IPCA no final de 2024 e 2025. Para este ano, espera-se que o índice encerre em 4,02%, comparado a 4,0% na semana anterior. Em 2025, a estimativa é de 3,88%, ante 3,87% na semana passada.
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Os investidores também estarão atentos às próximas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua equipe econômica sobre o compromisso do governo com o ajuste das contas públicas.
Nos EUA, as atenções se voltam para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de junho, prevista para quinta-feira. Analistas entrevistados pela Reuters esperam uma leve alta de 0,1%, em contraste com a estabilidade observada em maio.
Os mercados globais estão em busca de novos sinais sobre a possibilidade de um início de ciclo de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve.
Dados divulgados na semana passada, que reforçaram a percepção de um mercado de trabalho mais moderado nos EUA, aumentaram as apostas dos operadores para um corte de 25 pontos-base nas taxas de juros do Fed em setembro, com uma probabilidade agora em 69%, comparada a 60% na semana anterior.
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