A Paramount está em negociações com outras empresas de entretenimento sobre a possível fusão do seu serviço de streaming, Paramount+. Se concretizada, essa fusão pode desencadear uma nova onda de parcerias no setor, conferindo maior estabilidade à indústria de mídia.
De acordo com a CNBC, executivos da Paramount estão explorando essa possibilidade com outros líderes do setor de mídia e tecnologia. A Warner Bros. é uma das empresas interessadas em um acordo, conforme fontes próximas às discussões. A fusão entre Max e Paramount+ poderia fortalecer ambos os serviços, aumentando sua competitividade frente à Netflix e Disney. No início deste ano, a Warner Bros. Discovery manteve negociações preliminares para uma fusão com a Paramount Global, mas as conversas não avançaram. Chris McCarthy, co-CEO da Paramount, mencionou em uma reunião no dia 25 de junho que a empresa também considera uma parceria com uma plataforma de tecnologia.
Uma joint venture hipotética entre a Warner Bros. Discovery e a Paramount não seria dividida igualmente, devido às diferenças nos ativos de streaming e suas finanças, conforme fontes familiarizadas com as negociações.
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O segmento de negócios direto ao consumidor da Warner Bros. Discovery teve um EBITDA ajustado de US$ 103 milhões em 2023, após perdas de US$ 2,1 bilhões no ano anterior. A Paramount, por sua vez, relatou uma perda de US$ 1,67 bilhão em receita operacional direta ao consumidor antes da depreciação e amortização em 2023, uma melhora em relação à perda de US$ 1,8 bilhão do ano anterior.
O serviço Max possui cerca de 100 milhões de assinantes globais, com 52,7 milhões nos EUA. Já o Paramount+ encerrou o primeiro trimestre com 71 milhões de assinantes. A NBCUniversal também demonstrou interesse em uma joint venture com o Paramount+, conforme reportado pelo The Wall Street Journal no início deste ano, mas as negociações não progrediram.
Desde o final de 2019, empresas de mídia tradicionais, como Paramount, Disney, NBCUniversal e Warner Bros. Discovery, lançaram serviços de streaming que resultaram em perdas de bilhões de dólares. Segundo a CNBC, há um consenso na indústria de que existem muitos serviços de streaming em relação ao número total de clientes pagantes, e que apenas quatro ou cinco serviços globais devem sobreviver. Os demais precisarão ser consolidados ou integrados em plataformas existentes.
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As empresas de mídia estão focadas em monetizar melhor o conteúdo de streaming através de pacotes e parcerias. Disney e Warner Bros. Discovery começaram a licenciar parte de seu conteúdo para serviços rivais, como a Netflix, para monetizar melhor programas que não estão atraindo novos assinantes aos seus próprios serviços de streaming.
Outro ponto central nas discussões da indústria é a oferta de filmes e séries por meio de diferentes serviços de streaming com preços variados. A Skydance Media, que quase adquiriu a Paramount antes das negociações falharem no mês passado, considerou a ideia. O plano da Skydance para a Paramount incluía a fusão do Paramount+ com outro serviço para criar novos modelos de streaming que racionalizassem melhor os ativos. Por exemplo, a biblioteca de conteúdo do Showtime poderia ser combinada com dramas de outra empresa para formar um serviço independente e sem anúncios.
Segundo a CNBC, há um sentimento generalizado entre os líderes da mídia tradicional de que um melhor “empacotamento” do conteúdo existente pode ser mais lucrativo para toda a indústria. No entanto, a desvantagem de mais agrupamentos ou janelas de conteúdo é a potencial confusão do consumidor. O aumento das ofertas combinadas pode facilmente levar à frustração do consumidor em vez da satisfação.
Executivos de mídia esperam que Peacock, Paramount+, Max e Disney possam eventualmente unir suas programações em um único aplicativo para diminuir a confusão e competir com a Netflix, que lidera o setor de streaming por assinatura com cerca de 270 milhões de assinantes globais.
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