Nesta semana, a rede social Koo, criada como uma alternativa ao X (Twitter), divulgou que está encerrando suas atividades. Após enfrentar dificuldades para expandir sua base de usuários e gerar renda, a plataforma tinha esperança de venda para a startup Dailyhunt, porém, não se concretizou e levou ao fim das operações.
Em um post no LinkedIn, os fundadores Aprameya Radhakrishna e Mayank Bidawatka expressaram que, apesar das tentativas de parceria com empresas maiores, nenhuma negociação deu certo. A empresa também publicou uma despedida no X.
O Koo levantou mais de US$ 60 milhões em investimentos, mas isso não foi suficiente para mantê-lo em operação. De acordo com os fundadores, seria necessário um investimento de longo prazo para alcançar a lucratividade.
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A rede social permitia aos usuários se expressarem de forma semelhante ao X, com funcionalidades como publicação de fotos, GIFs, vídeos do YouTube, enquetes e áudios, além de curtidas, comentários e republicações de conteúdo.
O slogan da plataforma, “O que está na sua cabeça?”, convidava os usuários a compartilharem seus pensamentos, em um estilo inspirado no Twitter.
A plataforma ganhou popularidade na Índia durante períodos de tensão entre o Twitter e o governo indiano, quando o Koo se posicionou como uma alternativa mais alinhada às regulamentações locais.
No Brasil, o Koo teve um momento de sucesso em 2022, quando se tornou uma opção para os brasileiros descontentes com a compra do Twitter por Elon Musk. Naquele ano, a empresa anunciou a marca de 2 milhões de contas abertas no país e até considerou abrir um escritório no Brasil para lidar com a demanda crescente.
Contudo, o sucesso foi passageiro, em 2023, diante da queda no número de usuários, a plataforma tentou implementar um programa de recompensas com “Koopons” para incentivar o uso. Mesmo assim, entre julho de 2022 e janeiro de 2023, o Koo perdeu 5 milhões de usuários e continuou a declinar.
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Aprameya Radhakrishna explicou no LinkedIn que os custos de manter um aplicativo de mídia social são altos, e a decisão de encerrar as operações foi difícil, mas necessária.
Os fundadores finalizaram a mensagem dizendo que, apesar do fim do Koo, continuarão a empreender:
“Somos empreendedores de coração, e vocês nos verão de volta à arena de uma forma ou de outra. Até lá, obrigado pelo seu tempo, atenção, bons desejos e amor. O passarinho amarelo diz seu último adeus”, destacaram.
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