A voz inconfundível de Morgan Freeman, conhecida por narrar filmes icônicos e documentários, foi recentemente clonada sem permissão, gerando polêmica e discussão sobre ética e direitos no uso de inteligência artificial. Aos 87 anos, o ator expressou gratidão aos fãs que o alertaram sobre a imitação não autorizada na última sexta-feira (28).
Freeman, que emprestou sua voz a filmes como “Um Sonho de Liberdade” e “Menina de Ouro”, além de documentários como “A Marcha dos Pinguins” e “A Vida no Nosso Planeta”, tornou-se um alvo fácil para as tecnologias de clonagem vocal devido à sua voz marcante. No Brasil, sua voz foi tradicionalmente dublada por Antônio Moreno, falecido em 2022, e atualmente, por Márcio Simões.
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O caso recente envolveu uma mulher no TikTok que usou uma cópia da voz de Freeman para fingir ser sua sobrinha, narrando sua vida e passeios como se fossem financiados pelo ator. Nas redes sociais, Freeman agradeceu aos fãs pela vigilância e apoio em denunciar o uso não autorizado de sua voz. Ele enfatizou a importância da autenticidade e da integridade, afirmando:
“Obrigado aos meus fãs incríveis por sua vigilância e apoio em apontar o uso não-autorizado de uma voz em I.A. me imitando. Sua dedicação ajuda na autenticidade, e a integridade segue soberana. Agradecido.”
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Este incidente intensifica o debate sobre o uso de IA na indústria do entretenimento, que já viu casos controversos como o uso da voz de Scarlett Johansson pela assistente pessoal da OpenAI, Sky, e a reprodução póstuma de artistas como Tupac Shakur em músicas de Drake. Em ambos os casos, ações legais foram necessárias para impedir o uso indevido das características vocais.
Nos Estados Unidos, diversos artistas de Hollywood têm pressionado o Congresso para regulamentar a tecnologia de clonagem vocal, mas ainda não houve avanços significativos nessa área. A questão levanta preocupações sobre direitos autorais e a necessidade de uma legislação que proteja a identidade vocal dos artistas.
