A adoção da inteligência artificial (IA) está ganhando terreno no varejo brasileiro. Segundo um estudo recente da Central do Varejo, conduzido entre abril e junho de 2024 com 307 varejistas do país, 47% já utilizam a tecnologia, enquanto 53% ainda não a implementaram, mas muitos demonstram interesse em suas potencialidades.
Entre os que ainda não utilizam IA, 46% pretendem adotá-la em breve, e 47% ainda estão avaliando a possibilidade. Apenas 7% dos entrevistados planejam continuar sem a tecnologia, com as principais barreiras sendo a falta de conhecimento (52%), falta de infraestrutura (26%) e dúvidas sobre o retorno do investimento (25%).
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Os varejistas que já incorporaram IA em suas operações utilizam-na principalmente em marketing e vendas. As principais aplicações incluem atendimento ao cliente por chatbots (56%), criação de conteúdo de marketing (50%), personalização da experiência do cliente (36%) e análise de tendências (34%). Outras utilizações incluem automatização de relatórios (25%) e prevenção a fraudes (22%).
O uso diário da IA é alto entre os adeptos, com 58% utilizando a tecnologia todos os dias. No entanto, os investimentos são modestos, com 56% gastando até R$ 10 mil por ano, e apenas 24% investindo mais de R$ 150 mil anualmente.
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Os benefícios percebidos são significativos. A maioria dos varejistas relatou aumento de eficiência (84%) e redução de custos (42%). Além disso, 39% observaram melhorias na satisfação do cliente e 36% registraram aumento nas vendas. Apesar disso, um terço dos varejistas ainda não vê resultados financeiros diretos, embora mais da metade perceba uma redução de custos.
A satisfação com a IA é alta, com 89% dos usuários satisfeitos com os resultados. Entre os interesses futuros, destacam-se a geração de conteúdo para marketing e e-commerce, previsão de demanda e personalização da experiência do cliente. O estudo sugere que para que mais varejistas adotem a IA, é necessário tornar as soluções mais acessíveis, com implantação facilitada e maior clareza sobre o retorno do investimento.
A pesquisa conclui que a inteligência artificial no varejo brasileiro está em franca expansão, com um grande potencial para transformar o setor, especialmente nas áreas de marketing, atendimento ao cliente e otimização de operações.
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