Uma nova inovação desenvolvida em Londres pode revolucionar a forma como os atletas lidam com lesões no joelho. A empresa Hippos Exoskeleton criou um dispositivo que promete reduzir em até 80% os casos de lesões graves, como rompimentos do ligamento cruzado anterior (LCA), ligamento colateral medial (LCM) e lesões nos meniscos.
Utilizando Inteligência Artificial, essa joelheira é capaz de detectar movimentos de risco e acionar um airbag que infla em apenas 20 milissegundos, estabilizando a articulação no momento crítico.
A invenção surge em um contexto onde lesões de joelho têm se tornado cada vez mais comuns, afetando até mesmo estrelas do futebol como Rodri, do Manchester City, e Neymar, que passou por um longo processo de recuperação.
Com uma taxa de lesões alarmante, o dispositivo da Hippos Exoskeleton apresenta-se como uma possível solução para aumentar a longevidade dos atletas.
Bruno Mazziotti, gerente de saúde e performance do Real Valladolid, destacou que a estrutura ligamentar é sensível a movimentos anormais, mas a fadiga pode reduzir a capacidade do corpo de detectar esses padrões.
“A teoria por trás dessa tecnologia é condizente, mas precisa de uma grande experimentação para entendermos seu comportamento e a adaptação dos atletas”, alertou.
Por outro lado, Marco Antônio de Araújo, sócio-fundador da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva, expressou ceticismo quanto ao uso do dispositivo em campo. Ele enfatizou a importância de um extenso período de testes para evitar interferências indesejadas na prática esportiva.
“A linha que divide o movimento anormal do movimento funcional é muito tênue. Não sei até que ponto a inteligência artificial está pronta para fazer essa distinção”, afirmou.
Embora o dispositivo ainda não tenha sido amplamente implementado, Araújo menciona que os clubes já realizam trabalhos preventivos, monitorando diversos fatores de risco associados às lesões.
Com o aumento da intensidade no futebol, a gestão cuidadosa dos fatores de risco, como equilíbrio muscular e controle da fadiga, torna-se fundamental na prevenção de lesões.
As lesões de joelho são especialmente comuns entre mulheres e atletas jovens devido a diferenças biomecânicas, e o controle da fadiga é um fator crucial. Mazziotti explica que a fadiga pode se acumular não apenas durante os jogos, mas também em treinos intensos durante a semana, comprometendo a capacidade do atleta de se proteger de lesões.
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À medida que a tecnologia avança, a expectativa é que dispositivos como o da Hippos Exoskeleton se tornem uma realidade no esporte de alto nível. Lançado em setembro, o artefato já recebeu atenção significativa e conta com o apoio de equipes da LaLiga, do Comitê Olímpico Internacional e da NCAA.
Se a promessa de reduzir lesões se concretizar, o airbag de joelho acionado por Inteligência Artificial pode não apenas salvar carreiras, mas também transformar a abordagem da medicina esportiva.
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