A Intel, uma das maiores referências mundiais na fabricação de semicondutores, atravessa uma grave crise financeira que levou suas ações e valor de mercado a despencarem para níveis similares ao da OpenAI. Na última quarta-feira (07), as ações da companhia de Santa Clara caíram significativamente, resultando em um valor de mercado de US$ 81,1 bilhões—aproximando-se do valor de US$ 80 bilhões atribuído à OpenAI em sua mais recente rodada de financiamento, em fevereiro de 2024. É importante destacar que, embora a OpenAI seja avaliada em uma quantia semelhante, ela ainda opera oficialmente como uma startup sem fins lucrativos.
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A crise atual da Intel não surgiu do nada. Desde 2021, a empresa vem enfrentando uma série de dificuldades financeiras que culminaram com a divulgação de resultados financeiros decepcionantes na última semana. O desempenho abaixo do esperado fez com que a diretoria anunciasse a demissão de 15 mil funcionários, uma medida drástica para tentar controlar o rombo financeiro e reequilibrar as contas.
Essas demissões, no entanto, não foram suficientes para restaurar a confiança no mercado. Além disso, a Intel tem lidado com relatos crescentes de problemas de oxidação e instabilidade em seus processadores de 13ª e 14ª geração, o que abalou ainda mais a confiança dos consumidores. Pressionada pela situação, a empresa foi obrigada a reconhecer publicamente os defeitos e estendeu a garantia desses produtos para cinco anos.
Enquanto a Intel luta para superar esses desafios, seus concorrentes avançam. A AMD, por exemplo, está ganhando terreno com seus processadores Ryzen AI 300 e Ryzen 9000, que se destacam pelas capacidades de inteligência artificial. A Qualcomm, por sua vez, está se posicionando como uma alternativa robusta e acessível com seus processadores Snapdragon X Elite, presentes nos PCs Copilot+. A NVIDIA, por fim, continua a dominar o segmento de IA para servidores e datacenters.
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Em um cenário curioso, a NVIDIA pode acabar desempenhando um papel crucial na recuperação da Intel. A empresa de Jensen Huang está negociando a utilização dos serviços de empacotamento da Intel para atender à crescente demanda pelas GPUs de IA H100, uma vez que a TSMC, principal fornecedora da NVIDIA, tem encontrado dificuldades para acompanhar o ritmo de produção necessário.
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