Nesta semana, a Humane, empresa responsável pelo dispositivo AI Pin, está enfrentando uma onda de devoluções e mudanças na liderança após o fracasso de sua invenção com Inteligência Artificial. Entre maio e agosto, mais de 8 mil unidades da tecnologia foram devolvidas, enquanto apenas 7 mil permanecem com os clientes.
O AI Pin, lançado com grande expectativa e nomeado pela revista Time como uma das melhores invenções de 2023, foi projetado para ser usado como um broche na roupa, atuando como um chatbot que auxilia em tarefas diárias. No entanto, o dispositivo não tem funcionado conforme prometido, resultando em uma taxa significativa de devoluções.
A Humane vendeu US$ 9 milhões em produtos, mas já enfrenta US$ 1 milhão em devoluções. Com o fracasso, a empresa está tentando estabilizar suas operações e manter a confiança entre funcionários e potenciais compradores.
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O New York Times relatou em junho que a HP está considerando adquirir a companhia, enquanto o The Information informou na semana passada que a Humane está negociando com seus investidores atuais para levantar dívida que poderia ser convertida em ações no futuro.
Um dos principais problemas enfrentados é a impossibilidade de reformar os dispositivos devolvidos, devido a limitações da Telecom T-Mobile, que fornece o serviço de conexão do dispositivo, a Humane não pode atribuir um AI Pin a um novo usuário após ter sido atribuído a alguém. Essa limitação resulta em um acúmulo de lixo eletrônico e perda de receita.
A liderança da Humane parece ter ignorado sinais de alerta durante o desenvolvimento do produto, testadores iniciais, incluindo amigos, familiares dos cofundadores e investidores, expressaram preocupações sobre o AI Pin, descrevendo-o como “desorientador” e “frustrante”, e apontando falhas em replicar as habilidades mostradas nos vídeos de demonstração.
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Com isso, a situação da empresa se agrava com a saída de executivos de alto escalão. Nos últimos meses, a diretora de experiência do cliente, Tori Geiken, o vice-presidente de engenharia, Jeremy Werner, o ex-CTO, Patrick Gates, e o chefe de engenharia de produto, Ken Kocienda, deixaram a empresa.
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