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quarta-feira, abril 23, 2025

Desenvolvimento de novo antibiótico contra superbactérias utiliza Inteligência Artificial

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Pesquisadores da Universidade do Texas em Austin estão empregando Inteligência Artificial (IA) no desenvolvimento de um novo antibiótico voltado para o combate a superbactérias. Os primeiros testes pré-clínicos com animais mostram resultados promissores para a nova medicação.

A equipe utilizou um Grande Modelo de Linguagem (LLM), semelhante à tecnologia do ChatGPT, mas com uma aplicação específica para a área da medicina. O objetivo foi aprimorar um composto antibiótico, que até então era tóxico para humanos, sem comprometer sua eficácia.

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Enquanto a IA tem sido utilizada para desenvolver diversos medicamentos em fase de testes, como um tratamento para doenças pulmonares crônicas, este novo projeto foca na criação de um antibiótico mais seguro e eficaz.

Durante o processo, os cientistas reengenheiraram um antibiótico existente chamado Protegrin-1 (PG-1). Embora este composto seja eficaz contra bactérias, ele também é tóxico para seres humanos.

Os pesquisadores criaram mais de 7 mil variações de PG-1 e identificaram alterações que poderiam ser feitas sem perder a atividade antibacteriana. A partir dessas variações, treinaram um LLM para avaliar milhões de possibilidades, com três objetivos principais:

  1. Eliminar bactérias com alta eficácia.
  2. Alvejar exclusivamente as membranas bacterianas.
  3. Evitar interação com glóbulos vermelhos humanos.

O modelo guiou a equipe até uma versão mais segura do antibiótico, denominada bsPG-1.2, que agora está em fase de testes em animais, conforme publicado na revista Nature Biomedical Engineering.

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Nos testes pré-clínicos, camundongos infectados com bactérias resistentes a antibióticos tradicionais responderam bem ao tratamento com bsPG-1.2, apresentando uma redução significativa das bactérias após as primeiras seis horas de medicação.

Mais testes são necessários, mas, se os resultados positivos se confirmarem, o antibiótico poderá estar disponível para uso humano no futuro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já destacou a necessidade urgente de inovações no combate às superbactérias, e o uso de novas tecnologias pode ser crucial para enfrentar esse desafio.

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