17.5 C
São Paulo
quarta-feira, abril 23, 2025

IA promete transformar testes antidoping nas Olimpíadas de 2024

Leia mais

A Inteligência Artificial (IA) está prestes a revolucionar a detecção de doping entre os atletas olímpicos, conforme indicam pesquisas preliminares da Agência Mundial Antidoping (WADA). Embora os Jogos de 2024 ainda utilizem métodos tradicionais de teste antidoping, a expectativa é que essa tecnologia promova grandes mudanças em um futuro próximo.

A WADA está desenvolvendo diversos experimentos que utilizam IA para analisar substâncias proibidas em amostras de urina e sangue. Paralelamente, a Agência Internacional de Testes (ITA) também trabalha na criação de novas ferramentas para identificar o uso de substâncias ilícitas.

++ Atrair consumidores analógicos é um desafio no turismo digitalizado

Essa lista de substâncias proibidas inclui anabolizantes, hormônios sintéticos e outras substâncias que podem não só prejudicar a saúde dos atletas, como também criar uma competição injusta. A intenção é assegurar que todos os atletas compitam em igualdade de condições, sem recorrer a “atalhos” para alcançar um bom desempenho.

Passaporte de desempenho dos atletas

A ITA está desenvolvendo técnicas que permitirão uma análise massiva de dados sobre o desempenho dos atletas olímpicos. Quando essa ferramenta estiver pronta, será implementado um passaporte de desempenho baseado em IA.

“Certas práticas de doping permitem que os atletas alcancem resultados [excelentes] muito rapidamente”, desviando do que seria esperado com base no histórico do atleta, explica Benjamin Cohen, diretor da ITA, para a agência de notícias AFP.

Assim, a IA poderá indicar se um resultado excepcional é fruto de esforço contínuo ou do uso de substâncias proibidas, possibilitando investigações individuais subsequentes.

Testes iniciais com o passaporte de desempenho já foram realizados com nadadores e levantadores de peso, pois esses atletas competem em condições consistentes. No entanto, ainda não há uma data definida para a implementação geral dessa prática.

++ Entenda o cronômetro da mudança climática e como evitar o fim do mundo em 5 anos

Uso da IA no teste antidoping

Parte das pesquisas inovadoras da WADA está sendo conduzida pelo cientista Wolfgang Maaß, da Universidade do Sarre, na Alemanha. Sua equipe está desenvolvendo um algoritmo de aprendizado de máquina que pode detectar, de forma mais eficiente e econômica, a presença de eritropoietina nas amostras dos atletas.

A eritropoietina é um hormônio que estimula a produção de hemácias, frequentemente associado ao doping sanguíneo, pois aumenta artificialmente a capacidade de transporte de oxigênio do sangue, melhorando o desempenho em esportes que exigem resistência aeróbica.

“Embora a detecção e identificação direta de eritropoietina em amostras de sangue de atletas tenham se mostrado eficazes para descobrir doping, nem todos os casos são facilmente detectáveis, e algumas análises são muito caras para serem realizadas em todas as amostras”, afirma um estudo apresentado pelo grupo na IEEE International Conference on Digital Health (ICDH). A IA surge, então, como uma alternativa para reduzir os custos dessas análises.

Embora os resultados preliminares sejam promissores, o uso de IA para aprimorar os testes antidoping ainda não é uma realidade totalmente implementada nos Jogos de Paris. No entanto, essas tecnologias prometem revolucionar a detecção de fraudes nos próximos eventos olímpicos.

Não deixe de nos seguir no Instagram para mais notícias da Pardal Tech

- Advertisement -spot_img
- Advertisement -spot_img

Últimas notícias