Um novo relatório da ONU lança luz sobre uma mudança histórica na demografia global: “vidas mais longas e famílias menores” estão moldando o cenário futuro.
O estudo revela que a população mundial atingirá um pico de aproximadamente 10,3 bilhões até meados do século XXI, mas deverá declinar para cerca de 10,2 bilhões até o final do século. Isso representa uma revisão para baixo de 700 milhões de pessoas em comparação com estimativas anteriores de 2013.
Em um comunicado à imprensa, o Subsecretário-Geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, Li Junhua, explica que “em alguns países, a taxa de natalidade agora é ainda menor do que o previsto anteriormente, e também estamos vendo declínios ligeiramente mais rápidos em algumas regiões de alta fertilidade”.
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Motivos por trás do declínio
O relatório aponta que muitos países estão experimentando uma redução significativa no número de nascimentos. Este fenômeno é evidente até em nações que já registraram altos índices de crescimento populacional, como a China, que viu uma queda de 850 mil habitantes em 2022.
Essa tendência também se observa em outras partes do mundo, como Japão, Tailândia, Itália, Espanha, Portugal e Coreia do Sul.
Consequências globais do declínio populacional
Para os especialistas da ONU, o declínio populacional antecipado e abaixo das previsões é um “sinal encorajador”. Isso porque uma população menor pode reduzir os impactos ambientais, diminuindo o consumo agregado.
O relatório destaca que mais de um quarto da população mundial já vive em países ou áreas onde a população atingiu seu pico, incluindo China, Rússia, Japão e Alemanha. Outros 50 países, como Brasil, Irã e Turquia, devem se juntar a este grupo nos próximos 30 anos. Após esse período, a população de 120 nações, incluindo Indonésia, Nigéria, Paquistão e EUA, continuará crescendo.
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Com o aumento da expectativa de vida, que alcançou uma média de 73,3 anos em 2024 e poderá chegar a 77,4 anos em 2054, espera-se que o número de pessoas com 65 anos ou mais ultrapasse o de menores de 18 anos até o final da década de 2070.
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