Quando pensamos em atividades criminosas como tráfico de drogas, fraudes online e crimes contra a propriedade, um fator comum emerge: a necessidade de disfarçar ganhos ilegais. Apesar da crescente popularidade das criptomoedas, a realidade é que bens de luxo e imóveis continuam sendo os métodos preferidos para a lavagem de dinheiro.
Muitas pessoas ainda associam criptomoedas a crimes financeiros, mas dados recentes desmentem essa visão. A Europol, Agência de Cooperação Policial da União Europeia, revela que o uso de criptomoedas em atividades ilícitas é mínimo. Em um levantamento envolvendo 821 redes criminosas, imóveis e itens de luxo dominam como ferramentas para a lavagem de dinheiro: 41% e 27%, respectivamente, seguidos por serviços pagos em dinheiro, como hotelaria, com 20%.
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As criptomoedas, ao contrário do que muitos acreditam, representam apenas 10% das operações ilícitas. A Chainalysis, empresa de análise de blockchain, relatou que em 2023, o valor de ativos digitais recebidos por endereços ilícitos foi de US$ 24,2 bilhões, uma queda significativa em comparação com os US$ 39,6 bilhões de 2022. O relatório aponta que as transações ilícitas representam apenas 0,34% do mercado de criptomoedas, uma diminuição em relação ao ano anterior.
Em comparação, o Relatório de Crime Financeiro Global da Nasdaq indica que o total de fundos ilícitos movimentados pelo sistema financeiro global atingiu US$ 3,1 trilhões no último ano. Embora os números de criptomoedas não sejam diretamente comparáveis aos do sistema financeiro tradicional, eles representam apenas 0,78% do total de fundos ilícitos globais, segundo a Nasdaq.
O Tesouro dos Estados Unidos, em sua Avaliação Nacional de Risco de 2024, também destaca que, embora os riscos associados às criptomoedas estejam crescendo, eles ainda são inferiores aos métodos tradicionais de lavagem de dinheiro. O relatório enfatiza vulnerabilidades persistentes no uso de entidades legais, transações imobiliárias opacas e fraudes corporativas.
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É importante notar que as corretoras de criptomoedas, como a Binance, possuem sistemas de segurança que frequentemente superam os do sistema financeiro tradicional. A tecnologia blockchain permite uma transparência que facilita investigações e o rastreamento de fundos ilícitos, ajudando as autoridades a identificar redes criminosas e indivíduos envolvidos.
A conclusão é clara: enquanto criptomoedas recebem atenção desproporcional como ferramentas de crime financeiro, são os bens de luxo e os imóveis que realmente lideram essa atividade, refletindo problemas estruturais do sistema financeiro convencional.
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