A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece desde os anos 1980 o vício em jogos de azar como uma doença mental. Conhecida como ludopatia ou jogo patológico, a condição afeta pessoas que perdem o controle sobre o impulso de apostar, mesmo diante de prejuízos pessoais, financeiros e emocionais.
No Brasil, a Classificação Internacional de Doenças (CID) inclui a ludopatia sob os códigos Z72.6 (mania de jogo e apostas) e F63.0 (jogo patológico). A expansão dos jogos online e aplicativos de apostas — os chamados bets — tem ampliado o alcance do problema, especialmente entre os mais jovens. Diante disso, o Ministério da Fazenda estuda medidas para restringir o acesso de pessoas com histórico de dependência às plataformas.
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O vício em jogos de azar atua no sistema de recompensas do cérebro, envolvendo a liberação de dopamina, neurotransmissor associado ao prazer. A adrenalina e a excitação provocadas pelas apostas estimulam o desejo contínuo de repetir a experiência, o que leva à compulsão. Com o tempo, o jogador precisa apostar quantias cada vez maiores para sentir o mesmo efeito.
Entre os sinais de alerta estão: mentiras para encobrir o hábito, dívidas crescentes, empréstimos recorrentes, e impacto negativo na vida familiar ou profissional. A dependência pode evoluir de forma silenciosa e só ser reconhecida quando os danos já são severos.
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O tratamento envolve acompanhamento psicológico, grupos de apoio, como os Jogadores Anônimos (presentes no Brasil desde 1993), e, em casos mais graves, medicação ou internação. Como outros vícios, a superação da ludopatia requer suporte constante da família e orientação profissional.
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