16.7 C
São Paulo
sábado, maio 24, 2025

Morte de jovem cantora acende alerta para risco de AVC em adolescentes e adultos jovens”

Leia mais

A morte precoce da cantora Karen Silva, de apenas 17 anos, levantou um debate importante sobre os acidentes vasculares cerebrais (AVCs) entre jovens. Ex-participante do programa The Voice Kids, Karen faleceu na madrugada desta quinta-feira (24), após sofrer um AVC do tipo hemorrágico, segundo informações do Hospital São João Batista, em Volta Redonda (RJ), onde ela estava internada.

Embora o AVC seja mais comum em pessoas com mais de 60 anos, médicos alertam para o crescimento de casos em faixas etárias cada vez mais jovens. Estudos recentes mostram que entre 10% e 15% dos registros ocorrem em indivíduos de 18 a 45 anos — um dado que tende a crescer, impulsionado por hábitos de vida pouco saudáveis, segundo especialistas.

++ Oração, política e simbolismo marcam vigília por Bolsonaro em frente a hospital

A neurologista Siane Prado, da rede Américas, destaca que o sedentarismo, o consumo frequente de alimentos ultraprocessados e o uso de substâncias como anabolizantes ou drogas recreativas estão entre os principais fatores de risco na população jovem. Além disso, há causas menos conhecidas, como doenças autoimunes, distúrbios de coagulação e até malformações cardíacas não diagnosticadas.

O AVC hemorrágico ocorre quando há ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro, causando sangramento e danos aos tecidos cerebrais. Seus sintomas, geralmente abruptos, incluem forte dor de cabeça, perda de força ou sensibilidade em um dos lados do corpo, dificuldade para falar ou compreender a fala, visão turva, desequilíbrio e confusão mental. Muitas vezes, por se tratar de pacientes jovens, os sinais são minimizados ou confundidos com outras condições.

AVC

“Trata-se de uma emergência médica que exige atendimento imediato. Quanto mais rápido o socorro, maiores as chances de recuperação com menos sequelas”, explica o médico Gleidson Viana, especialista em diagnóstico por imagem.

Segundo ele, exames de rotina simples, como aferição da pressão arterial, testes laboratoriais e avaliação de histórico familiar, são capazes de identificar riscos silenciosos. No entanto, a prevenção ainda esbarra na falta de hábito dos jovens em procurar atendimento médico regular.

A tragédia envolvendo Karen Silva comoveu o público e trouxe à tona a necessidade de ampliar a conscientização sobre doenças cerebrovasculares em todas as idades. Para os especialistas, a chave está na informação, no diagnóstico precoce e na mudança de comportamento.

Não deixe de nos seguir no Instagram para mais notícias da Pardal Tech

- Advertisement -spot_img
- Advertisement -spot_img

Últimas notícias