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sexta-feira, maio 23, 2025

Imagem inédita mostra barreira do som sendo quebrada

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A era dos voos supersônicos pode estar prestes a renascer – e de forma silenciosa. Uma imagem inédita divulgada pela NASA revelou o momento exato em que a barreira do som foi quebrada pelo XB-1, aeronave experimental da Boom Supersonic, durante um teste no dia 10 de fevereiro. A grande novidade? Nenhum estrondo sônico audível foi detectado no solo, um feito que pode redefinir o futuro da aviação comercial.

A captura foi feita usando fotografia de Schlieren, uma técnica especial que permite visualizar ondas de choque invisíveis a olho nu. O registro foi possível graças a um posicionamento milimétrico do XB-1 no céu do Deserto de Mojave, enquanto a aeronave atingia velocidades superiores a Mach 1 (1.225 km/h).

O estrondo sônico – um enorme ruído causado pela passagem da aeronave pelo som – foi o principal fator para a proibição de voos supersônicos sobre áreas povoadas, limitando operações de aeronaves como o Concorde apenas sobre oceanos. Se essa nova tecnologia for validada, viagens a jato poderão ser até 50% mais rápidas, sem gerar impactos sonoros indesejados.

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O XB-1 serve como plataforma de testes para o Overture, avião comercial supersônico que a Boom pretende lançar até o final da década. A aeronave terá capacidade para 64 a 80 passageiros e poderá atingir Mach 1,7 – o dobro da velocidade dos aviões comerciais atuais.

As grandes companhias aéreas já demonstraram interesse: American Airlines, United Airlines e Japan Airlines fizeram 130 pedidos e pré-encomendas do Overture, apostando na revolução da aviação rápida e eficiente.

Desde o último voo do Concorde em 2003, diversas tentativas de reviver o transporte aéreo supersônico fracassaram. Agora, com novos materiais, avanços aerodinâmicos e a promessa de operar com combustível sustentável (SAF), o Overture pode finalmente fazer essa tecnologia voltar a ser viável.

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A fábrica da Boom na Carolina do Norte já está preparada para a produção em larga escala, com capacidade para fabricar 66 aeronaves por ano. O CEO da empresa, Blake Scholl, acredita que um dia os passageiros poderão viajar para qualquer lugar do mundo em apenas quatro horas, com passagens acessíveis.

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