Incêndios florestais, que antes avançavam sem controle, agora podem ser identificados nos primeiros sinais de fumaça. Isso graças a uma tecnologia inovadora: câmeras equipadas com inteligência artificial (IA), capazes de detectar incêndios antes mesmo que alguém perceba.
Nos Estados Unidos, o sistema ALERTCalifornia, operado pela Universidade da Califórnia em San Diego, já demonstrou sua eficácia. Desde 2023, essas câmeras ajudaram a identificar mais de 1.200 incêndios em áreas de risco, muitas vezes antes que qualquer morador ligasse para o serviço de emergência.
Essas câmeras inteligentes operam 24 horas por dia, analisando imagens em tempo real e identificando padrões que indicam a presença de fogo ou fumaça. Quando um foco de incêndio é detectado, um alerta imediato é enviado para as equipes de emergência, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz.
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Além da Califórnia, outros estados dos EUA, assim como Austrália e Canadá, já adotaram o sistema. Empresas como a Pano AI estão expandindo essa tecnologia para diversas regiões propensas a incêndios, reduzindo o tempo de resposta e evitando que pequenos focos se transformem em desastres.
Em dezembro de 2023, um incêndio no condado de Orange, na Califórnia, foi detectado pelo sistema no meio da madrugada, antes que qualquer pessoa percebesse. O alerta permitiu que helicópteros e caminhões de bombeiros chegassem rapidamente ao local, impedindo que as chamas se espalhassem para milhares de residências.
Sem essa tecnologia, o fogo poderia ter se alastrado por horas antes de ser notado, causando prejuízos incalculáveis.
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Apesar dos avanços, o uso de inteligência artificial na prevenção de incêndios ainda enfrenta desafios. Um deles é a preocupação com falsos alertas, que podem mobilizar equipes sem necessidade. No entanto, como a decisão final de envio de bombeiros ainda é feita por humanos, esse problema tem sido minimizado.
Outro receio é o uso excessivo de drones e aeronaves não tripuladas para combater incêndios. Segundo Tim Edwards, presidente do sindicato dos bombeiros da Cal Fire, o excesso de equipamentos automatizados pode aumentar o risco de colisões no espaço aéreo, dificultando o trabalho de aeronaves pilotadas.
Além disso, há quem questione a privacidade dos moradores das áreas monitoradas. Empresas como a Pano AI garantem que os sistemas são programados para borrar rostos e placas de veículos, evitando o uso indevido das imagens.
Mesmo com essas preocupações, especialistas acreditam que o uso dessa tecnologia será cada vez mais comum no combate a incêndios. Como destacou Falko Kuester, professor da Universidade da Califórnia:
“Com monitoramento em larga escala, podemos prevenir tragédias e tornar a resposta a incêndios mais eficiente do que nunca.”
Diante do aumento dos incêndios florestais no mundo todo, essas câmeras inteligentes podem ser a solução para evitar desastres e salvar milhares de vidas.
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