Em um momento em que o mundo busca soluções de mobilidade mais sustentáveis, o Brasil parece caminhar na direção oposta. Enquanto governos na Europa estão fechando aeroportos, cortando voos e incentivando o uso de ciclovias e transporte público, os políticos brasileiros ainda celebram a inauguração de novas estradas, aeroportos e terminais rodoviários, priorizando um modelo de transporte que se mostra cada vez mais insustentável.
Na Alemanha, o fechamento do Aeroporto de Tegel em Berlim e a redução de voos domésticos fazem parte de um esforço maior para incentivar o uso de trens e diminuir a pegada de carbono do setor de transporte. Países como a Holanda e a Dinamarca seguem o mesmo caminho, reduzindo voos em aeroportos como Schiphol e priorizando redes ferroviárias e ciclovias. Paris também propôs fechar parcialmente o Aeroporto de Orly, redirecionando recursos para o transporte público.
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Enquanto isso, cidades como Oslo, na Noruega, estão banindo carros do centro e investindo em ciclovias, criando ambientes urbanos mais sustentáveis e acessíveis. Essas medidas contrastam com as grandes obras viárias e aeroportuárias brasileiras, que além de caras e demoradas, acabam servindo a modelos de transporte ultrapassados e altamente poluentes.
Mesmo com a crescente demanda por soluções de mobilidade sustentável, o Brasil continua a priorizar infraestruturas tradicionais. As ciclovias, por exemplo, são frequentemente ignoradas, apesar de serem alternativas mais baratas e eficazes para enfrentar problemas como congestionamento e poluição nas grandes cidades.
Estudos indicam que o transporte baseado em carros e caminhões é um dos maiores responsáveis pelas emissões de carbono nos centros urbanos. Além disso, a construção de novos aeroportos contribui significativamente para a poluição e o barulho. Em Londres, por exemplo, esforços estão sendo feitos para restringir voos domésticos e incentivar o uso de trens de alta velocidade, reduzindo as emissões.
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No Brasil, no entanto, a expansão de estradas e aeroportos continua a ser celebrada, indo na contramão das tendências globais. A pergunta que fica é: por que não redirecionar esses bilhões investidos em infraestrutura tradicional para a expansão de ciclovias e outras soluções de micromobilidade? Se o objetivo é um futuro urbano mais sustentável, talvez seja hora de reavaliar nossas prioridades.
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