Em meio à intensa competição por talentos, especialmente no setor de tecnologia, o Google anunciou um novo conjunto de benefícios focados em tratamentos de fertilidade para seus funcionários no Brasil. A iniciativa inclui procedimentos como congelamento de óvulos, fertilização in vitro, inseminação intrauterina, adoção e barriga solidária, e se estende também aos cônjuges dos funcionários, casados ou em união estável.
“Estamos acompanhando o ciclo de vida dos nossos profissionais, desde a entrada na empresa até a aposentadoria, incluindo o apoio à formação familiar”, afirma Ana Carolina Azevedo, diretora de recursos humanos do Google para a América Latina e Canadá.
O Brasil, que possui a maior quantidade de funcionários do Google na América Latina, é o primeiro país da região a oferecer esses auxílios, que já estão disponíveis em outras localidades e serão expandidos nos próximos anos. Segundo Azevedo, essa política reflete a evolução das necessidades dos funcionários e das discussões de mercado.
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Além do reembolso dos procedimentos, com um limite estabelecido para cada funcionário, o Google também disponibiliza orientação, apoio emocional, planejamento do parto, amamentação e cuidados pós-parto. Especialistas nesses temas estarão disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana.
“Nosso papel é conectar o Google localmente com nossos funcionários”, diz Azevedo. A empresa já oferece licença parental de 18 a 24 semanas, salas de apoio à amamentação nos escritórios e suporte para cuidados infantis.
A ampliação dos benefícios está alinhada com a agenda de diversidade da empresa. “Queremos que a diversidade faça parte de todas as conversas, inclusive de negócios”, ressalta a executiva. A empresa começou a trabalhar nesse tema há mais de uma década, mas reconhece a necessidade de esforços contínuos para alcançar uma força de trabalho e liderança diversificadas. “As empresas precisam evoluir para acompanhar a sociedade, e acolher diferentes formas de família é essencial”, conclui Azevedo.
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Nos Estados Unidos, 15% das empresas com mais de 500 funcionários oferecem cobertura para congelamento de óvulos em seus planos de saúde. Empresas como Intel, Bank of America, Johnson & Johnson e Starbucks já incluíram tratamentos de fertilidade como benefício corporativo.
De acordo com uma pesquisa da consultoria Mercer, até 2015, menos de um quarto das grandes empresas cobriam a fertilização in vitro. Esse número subiu para 27% em 2020 e para 36% em 2021.
No Brasil, empresas como Grupo Fleury, Mercado Livre, Microsoft e LinkedIn também têm iniciativas semelhantes. O Grupo Fleury oferece até 40% de desconto em serviços de reprodução assistida para seus funcionários, enquanto o Mercado Livre cobre 70% do custo de congelamento de óvulos. O LinkedIn reembolsa R$ 22 mil por tentativa de fertilização, e a Microsoft Brasil ampliou seu plano de saúde para incluir tratamentos de fertilidade.
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