Um relatório da empresa de TI ManageEngine revelou que 54% das empresas brasileiras acreditam que falhas cometidas pelos próprios funcionários são uma das principais causas de ciberataques no país.
A pesquisa, que consultou profissionais de TI e especialistas em cibersegurança de mais de 700 empresas na América Latina, indica que o “mau uso de sistemas e dispositivos” é a segunda maior preocupação. Esse mau uso inclui acesso a sites não confiáveis, download de aplicações maliciosas e casos de phishing que podem ser iniciados pelos colaboradores.
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Para 74% dos participantes, a maior preocupação com ataques vem de riscos externos, como quadrilhas cibernéticas e atores de ameaça. Tonimar Dal Aba, gerente técnico da ManageEngine, esclarece que os deslizes internos são problemáticos porque escapam do controle das soluções de segurança voltadas para ameaças externas.
“Os fatores de risco internos levantam preocupações maiores, já que são inerentes às operações de uma organização. Soluções robustas de monitoramento podem ajudar a controlar a utilização de redes internas e dispositivos, mas na ponta, está o comportamento dos funcionários durante a rotina de trabalho, com um deslize podendo colocar tudo a perder”, explica Dal Aba.
Aumento nos ataques
Mais da metade dos entrevistados brasileiros (54%) relatou que suas empresas sofreram mais brechas de segurança em 2023 do que nos anos anteriores. Embora o número seja alto, o Brasil ainda está atrás de outros três países da América Latina que também registraram um aumento: Colômbia (58%), Argentina (61%) e México (64%).
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Treinamentos podem reduzir riscos
Uma maneira de mitigar o problema do mau uso dos sistemas é através do treinamento interno dos funcionários. A pesquisa revela que 84% das empresas brasileiras implementam práticas de conscientização sobre cibersegurança no primeiro mês de contratação de novos funcionários. Além disso, 75% das companhias acreditam que funcionários sem treinamentos podem representar um risco significativo.
O estudo foi conduzido em janeiro deste ano na Argentina, Brasil, Colômbia e México, com a participação de 705 profissionais de cibersegurança e chefes de TI de empresas de diversos tamanhos.
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