O Brasil ingressou pela primeira vez na lista dos cinco países mais impactados por ataques de ransomware, conforme revelado por um relatório da Trend Micro, líder global em segurança cibernética. Nos primeiros quatro meses de 2024, mais de 3,5 milhões de ataques desse tipo foram registrados, em um contexto global onde foram bloqueadas 46 bilhões de ameaças cibernéticas.
Os setores governamental, educacional, industrial, de saúde e tecnológico têm sido os principais alvos dessas campanhas maliciosas, que representaram mais de 2,3 milhões de ataques apenas no período de janeiro a abril deste ano.
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De acordo com o relatório, países como Japão, Estados Unidos, Alemanha, Taiwan e Índia lideraram as estatísticas de ataques cibernéticos durante esse período. O Brasil, com 1,8% dos casos, se posicionou entre os países mais atingidos por ransomware em abril, refletindo uma tendência preocupante de aumento desses ataques.
Rayanne Nunes, diretora de Tecnologia da Trend Micro Brasil, aponta uma mudança no padrão dos ataques, com menos incidentes massivos e um aumento na diversificação de variantes de malware e ransomware. Ela destaca ainda que a dark web tem facilitado o acesso a ferramentas de cibercrime, o que fragmenta o cenário e simplifica as operações dos criminosos.
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Empresas de tecnologia lideraram os alvos de ransomware em abril, seguidas pelos setores governamental, de saúde, financeiro e industrial. As famílias de ransomware mais ativas neste período incluem WannaCry, Lockbit, Locky, Cerber e Gandgrab.
Além dos ataques de ransomware, o phishing tem sido outra ameaça crescente, especialmente através de e-mails. Em 2023, 46% das ameaças bloqueadas pela Trend Micro foram através dessa técnica, destacando a necessidade contínua de vigilância cibernética diante do trabalho híbrido global.
Embora haja uma queda nos ataques com arquivos de spam, os cibercriminosos continuam a evoluir suas estratégias, incorporando links de phishing em anexos maliciosos, tornando a detecção mais desafiadora. Apenas em abril de 2024, mais de 1,5 milhão de arquivos maliciosos com extensão .PDF foram detectados, evidenciando a sofisticação dos métodos utilizados pelos hackers.
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