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segunda-feira, janeiro 13, 2025

Podemos esperar a geração Z em cargos de liderança?

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Pesquisas têm apontado para um desinteresse generalizado da Geração Z em assumir posições de liderança. Com isso, os jovens têm redefinindo as expectativas no ambiente de trabalho. Um levantamento da Korn Ferry, consultoria global de gestão organizacional, revelou que 67% dos investidores acreditam que os líderes atuais não estão preparados para o futuro. 

Rodrigo Araújo, presidente da Korn Ferry no Brasil, destaca que as empresas falham em desenvolver habilidades que preparem os talentos para assumir posições de liderança quando a oportunidade surge. 

Além disso, a CoderPad, plataforma de contratação de desenvolvedores, descobriu que 36% dos profissionais entrevistados não desejam assumir responsabilidades gerenciais, e apenas 2% da geração Z tem ambição de subir na pirâmide corporativa, segundo Gorick Ng, consultor de carreira de Harvard.

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Araújo também menciona fatores adicionais que afastam os jovens das posições de liderança, como a alta responsabilidade, a carga horária intensa, a tomada de decisões críticas e a dificuldade de delegar tarefas, para gerações anteriores, que viam a ascensão corporativa como um sonho, essa mudança pode ser surpreendente. 

Contudo, a experiência com líderes autoritários e hierárquicos tem desmotivado os jovens a seguir o mesmo caminho, a geração Z valoriza novas prioridades no ambiente de trabalho, como flexibilidade e diversidade. 

Um estudo da Deloitte, que entrevistou 500 brasileiros nascidos entre 1995 e 2004, mostra que 31% dos participantes já rejeitaram empregos que não estavam alinhados com seus princípios éticos e crenças. 

Para engajar essa nova geração, Araújo sugere que as empresas devem fortalecer a personalidade da geração Z em conjunto com a cultura organizacional, preparando-os para a carreira e desenvolvendo tanto habilidades técnicas quanto comportamentais. 

Outro estudo da Deloitte de 2023 comparou as expectativas da geração Z com as percepções de seus gerentes, uma diferença marcante é a valorização da empatia. Eles buscam orientação e apoio para gerenciar a carga de trabalho, além de conversas significativas sobre como equilibrar responsabilidades profissionais com a saúde mental.

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Embora os jovens se importem com suas carreiras, eles não querem que o trabalho tenha toda a sua identidade, o estudo descobriu que 61% dos membros da geração Z veem o trabalho como uma parte significativa de sua identidade, em comparação com 86% dos chefes. 

A geração Z deseja causar impacto no mundo, mas também está consciente dos efeitos negativos de ambientes de trabalho tóxicos e do esgotamento, eles priorizam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, estabelecendo limites claros com seu tempo.

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