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terça-feira, dezembro 10, 2024

Inteligência Artificial nas escolas: colaboradora ou substituta?

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Ana Antônio, à frente do Marketing e Produto na Edify Education, levanta uma questão crucial que ecoa nas esferas educacionais e tecnológicas. O debate irrompeu nos holofotes informativos após a decisão do Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de testar a inteligência artificial (IA) na elaboração de planos de aulas digitais ainda neste ano.

Assim, o que outrora pertencia ao domínio exclusivo do docente poderá ceder espaço à tecnologia. Esta incógnita, infelizmente, ainda instiga muitos profissionais da educação. Contudo, iniciativas como a da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo não visam extinguir o papel do educador na sociedade. Pelo contrário, almejam potencializar sua atuação, frequentemente consumida por tarefas operacionais.

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Conforme o relatório…

“Future of Work” do LinkedIn em 2023, cerca de 45% das tarefas mais administrativas dos professores, como o planejamento de aulas, poderiam ser otimizadas por IA, ampliando, assim, sua produtividade. Este é exatamente o objetivo delineado pelo Governo do Estado de São Paulo. Segundo o documento enviado aos professores, a iniciativa visa aumentar em 50% a quantidade de planos de aulas realizados por um professor durante o ano letivo.

Entretanto, é importante frisar que a IA não pretende suplantar os professores. Ao contrário, além de incrementar sua eficiência, proporciona-lhes novas ferramentas para garantir e aprimorar a qualidade do ensino. O material gerado não os substitui, mas serve como alicerce para sua prática, permitindo a edição, ampliação e adaptação do conteúdo, a fim de assegurar planos de estudo mais eficazes e congruentes com as demandas da sala de aula.

Diante da potencial economia de tempo proporcionada pela IA, surgem inúmeras oportunidades para redefinir o papel do educador. A IA nunca será capaz de substituir as relações humanas. Ao contrário, ampliará o escopo de atuação dos professores, possibilitando uma personalização sem precedentes do processo de aprendizagem.

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Mas, será que o Brasil está preparado para incorporar a IA no âmbito educacional?

Embora a IA possa auxiliar o professor em algumas atividades de planejamento de aula, é imprescindível continuar explorando suas possibilidades, sempre com um olhar crítico, assegurando que, de fato, contribua para a aprendizagem.

A inovação é inexorável, e qualquer iniciativa que promova a digitalização da sala de aula não deve ser encarada com receio. Todavia, é essencial discernir quais tecnologias e inovações verdadeiramente impulsionarão o avanço e aprimoramento do processo educacional. O foco deve estar na evolução contínua do setor e na qualidade do ensino oferecido.

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