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terça-feira, dezembro 10, 2024

Descoberta revoluciona entendimento sobre construção das Pirâmides Egípcias

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Sob a liderança de Eman Ghoneim, cientistas acreditam ter decifrado o enigma por trás da construção de 31 pirâmides, incluindo o renomado complexo de Gizé, há mais de 4 mil anos no Egito. Uma equipe da Universidade da Carolina do Norte, em Wilmington, descobriu que as pirâmides foram provavelmente erguidas ao longo de um antigo afluente esquecido do Rio Nilo, agora enterrado sob desertos e terras agrícolas.

Há muito tempo, arqueólogos especulavam que os antigos egípcios utilizavam uma rota navegável próxima para transportar materiais pesados, como os blocos de pedra usados nessas construções monumentais. Contudo, a localização precisa, a forma e a proximidade dessa rota em relação às pirâmides permaneciam incertas até agora.

Num esforço intercontinental, o grupo de pesquisadores empregou imagens de radar via satélite, mapas históricos, levantamentos geofísicos e sondagens de sedimentos para mapear o curso do rio. Esta técnica permitiu recuperar evidências de amostras e traçar o trajeto do rio, que se acredita ter desaparecido devido a uma grande seca e tempestades de areia milhares de anos atrás.

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A tecnologia de radar foi essencial para penetrar na superfície arenosa e produzir imagens das características ocultas. O estudo, divulgado na revista científica Nature, revela rios subterrâneos e estruturas antigas encontradas na encosta onde a maioria das pirâmides do Antigo Egito está situada.

Pesquisadores dos EUA, Egito e Austrália colaboraram no mapeamento do que chamaram de Ahramat, um afluente do Rio Nilo. Suzanne Onstine, coautora do estudo, declarou à BBC que a descoberta da verdadeira rota do rio e os dados sobre a rota navegável ajudam a esclarecer a construção das pirâmides. A descoberta sugere que este braço do rio, com cerca de 64 quilômetros de comprimento e entre 200 e 700 metros de largura, contornava as pirâmides, facilitando o transporte de materiais pesados.

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Esta descoberta lança luz sobre a alta concentração de pirâmides entre Gizé e Lisht, numa região hoje inóspita do Deserto do Saara. A proximidade do rio com os monumentos indica que ele estava ativo e operacional durante a construção das pirâmides.

Onstine explicou que os antigos egípcios poderiam aproveitar a energia do rio para transportar os blocos, reduzindo significativamente o esforço humano. O Rio Nilo foi, e continua sendo, a salvação do Egito.

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