Desde o início deste ano, 21 companhias brasileiras estão participando de um projeto piloto que estabelece o modelo 100-80-100, profissionais recebem 100% do salário, trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% de produtividade. Os primeiros resultados divulgados pela 4 Day Week Brazil e Reconnect Happiness at Work, consultoria que lidera o projeto no Brasil, são bastante positivos.
Mostram melhorias significativas, incluindo aumento de energia no trabalho (82,4%), melhoria na execução de projetos (61,5%), incremento da criatividade e inovação (58,5%) e redução do estresse (62,7%).
Os benefícios da semana de trabalho mais curta são tão evidentes que muitos profissionais já não querem voltar ao modelo tradicional, entre os participantes do piloto, 26,6% afirmaram que não voltariam a trabalhar 5 dias na semana, independentemente do salário e 36,8% só consideraram retornar ao modelo tradicional com um reajuste salarial de mais de 50%.
Os resultados até agora acompanham estudos realizados em outros países, que mostram benefícios tanto para os clientes quanto para a saúde dos funcionários, com menos burnout e mais qualidade de vida.
Adaptar a rotina de trabalho para uma semana mais curta tem seus desafios para gestores e funcionários, é preciso redesenhar o tempo e revisar as métricas de desempenho. Os líderes precisam rever as métricas do passado e focar nos resultados.
No Brasil, as empresas participantes do piloto passaram por uma fase de planejamento e reorganização do trabalho, coordenada pela 4 Day Week Brazil em parceria com a 4 Day Week Global. Foram três meses de workshops, sessões de facilitação e mentorias, envolvendo temas como inteligência artificial para otimização de processos, comunicação assíncrona e momentos de hiperfoco.
Enquanto algumas empresas adotaram a folga às sextas-feiras, outras preferiram as segundas ou quartas-feiras, algumas dividiram a folga da equipe, enquanto outras permitiram que os colaboradores escolhessem o dia.
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Os resultados intermediários do piloto, coletados no início de abril, mostram impactos positivos tanto no trabalho quanto na saúde e bem-estar dos profissionais.
As empresas concluíram o piloto no final de junho, e novos passos serão avaliados com base nos dados refinados. Em julho, será lançado um novo piloto para empresas interessadas em testar a semana de 4 dias, com o objetivo de construir modelos flexíveis e novas métricas para além das horas trabalhadas.
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