Uma cidade nos Estados Unidos recentemente aprovou uma legislação similar à proposta apresentada pelo governo federal ao Congresso no início deste mês, estabelecendo regulamentações para o trabalho dos motoristas de aplicativos.
Em resposta a essa mudança, a Uber anunciou que encerrará suas operações na cidade de Minneapolis, no estado de Minnesota.
O conselho municipal votou para exigir que os serviços de transporte por aplicativo aumentassem os salários dos motoristas para corresponder ao salário mínimo local de US$15,57 (R$ 77,76) por hora. A Uber e outras empresas consideraram essa exigência inviável.
O Lyft, outro aplicativo de corridas, também seguiu a decisão da Uber e deixará de operar em Minneapolis. Em comunicado, a empresa classificou a determinação como “profundamente falha” e enfatizou a importância de manter os serviços acessíveis aos passageiros.
Essa mudança na legislação local provocou uma reação das empresas de transporte por aplicativo, que prometeram pressionar por legislação estadual que anule a ordem municipal.
Enquanto isso, no Brasil…
O congresso analisou esta semana um projeto de lei semelhante, proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse projeto estabelece um salário mínimo para os motoristas de aplicativos, bem como limites de jornada de trabalho e direitos sindicais. A Uber expressou apoio ao diálogo e ao entendimento na implementação dessa nova legislação.
No entanto, nesta terça-feira (2), motoristas do aplicativo fizeram um protesto em São Paulo contra o projeto de lei trabalhista. Segundo um dos organizadores, os motoristas ganham por tempo e quilometragem rodada e não por hora mínima.
Essas mudanças destacam os desafios enfrentados pelas empresas de tecnologia em se adaptar a novas regulamentações trabalhistas em todo o mundo.