Papa Leão XIV defende família tradicional como base da sociedade e prega defesa dos mais vulneráveis

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Em encontro com o Corpo Diplomático da Santa Sé, nesta sexta-feira (16/5), o papa Leão XIV afirmou que a construção de sociedades harmoniosas deve ter como base o investimento na família tradicional, formada pela união entre homem e mulher. A declaração foi feita durante uma cerimônia no Vaticano, onde o pontífice delineou os pilares de sua atuação à frente da Igreja Católica e da diplomacia vaticana.

“É dever daqueles que têm responsabilidades no governo trabalhar para construir sociedades civis harmoniosas e pacíficas […] Isso pode ser feito, antes de mais nada, investindo na família, fundada na união estável entre um homem e uma mulher”, disse Leão XIV.

O papa também defendeu uma ação coletiva global em prol da dignidade humana, especialmente dos mais frágeis e indefesos. “Desde o nascituro ao idoso, desde o doente ao desempregado, sejam eles cidadãos ou imigrantes”, enfatizou o pontífice.

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Leão XIV tem buscado reafirmar valores considerados centrais para a doutrina católica. Em seu discurso, ele destacou que a Igreja só poderá promover a paz verdadeira se agir baseada na verdade. “A Igreja não pode construir relações verdadeiramente pacíficas, nem mesmo no seio da comunidade internacional, sem a verdade”, afirmou.

O papa Leão XIV, nome adotado pelo cardeal norte-americano Robert Prevost, sucede Francisco em um momento de debates intensos dentro da Igreja, especialmente em torno de temas como diversidade sexual e inclusão.

Prevost, de 69 anos, já expressou em discursos anteriores preocupações sobre mudanças culturais e sociais no Ocidente. Em 2012, por exemplo, declarou que a mídia vinha promovendo simpatia por práticas contrárias ao evangelho, mencionando diretamente “o estilo de vida homossexual” e “famílias alternativas compostas por parceiros do mesmo sexo e seus filhos adotivos”.

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Durante seu episcopado em Chiclayo, no Peru, Leão XIV também se posicionou contra a inclusão de conteúdos sobre identidade de gênero nos currículos escolares, propostos por autoridades locais.

As declarações desta sexta reforçam o tom conservador que marca o início de seu pontificado, contrastando com a postura mais conciliadora de seu antecessor, o papa Francisco.