A Veesion é uma startup francesa que utiliza Inteligência Artificial para prevenir furtos que está fazendo sucesso no Brasil, o terceiro maior mercado da empresa entre mais de 25 países onde atua. Bernard Arnault, o bilionário à frente da LVMH, maior holding de luxo do mundo, foi um dos primeiros investidores da Veesion, que já captou 15 milhões de euros desde sua criação em 2018.
Benoît Koenig, CEO e cofundador da companhia, explica que o algoritmo da empresa utiliza três componentes de IA como detecção humana, reconhecimento de objetos e estimativa de poses. O último componente é crucial para evitar vieses discriminatórios, focando apenas nos movimentos do corpo, independentemente da aparência da pessoa.
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A empresa desenvolveu um software de vídeo vigilância que detecta gestos suspeitos por meio de Inteligência Artificial, o sistema se conecta às câmeras de segurança das lojas, analisando os movimentos dos clientes para identificar possíveis furtos.
Quando um movimento suspeito é detectado, o sistema envia um vídeo em tempo real para os donos dos estabelecimentos ou para a área de segurança, permitindo que os lojistas tomem medidas preventivas. De acordo com a Veesion, seus clientes têm alcançado reduções de 30% a 60% nos furtos.
Criada em Paris por Benoît Koenig e dois sócios logo após concluírem os estudos em Inteligência Artificial, a empresa rapidamente expandiu suas operações para 25 países, atendendo mais de 4.000 varejistas, incluindo grandes redes como Walmart e Leroy Merlin.
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No Brasil, a startup já conta com mais de 250 clientes. Contudo, não possui um escritório no Brasil, mas planeja abrir uma unidade em São Paulo no próximo ano, com uma equipe de 10 pessoas, dada a importância crescente do mercado brasileiro, que já representa 60% da receita da empresa fora da França.
Koenig acredita que o Brasil pode se tornar o maior mercado da empresa nos próximos dois anos. Para sustentar seus planos de expansão, incluindo a abertura de uma filial nos Estados Unidos, a Veesion planeja uma rodada de financiamento série B em setembro, buscando captar 20 milhões de euros.
A startup pretende atrair fundos americanos, com a participação já confirmada de Bernard Arnault. A relação entre a empresa e Arnault surgiu através da escola de engenharia HEC Paris, onde ambos estudaram. Arnault, que possui uma fortuna estimada em US$ 191,6 bilhões, tem investido em startups por meio de um family office.
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