O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro notificou a Record TV após o helicóptero da emissora ter sido alvo de aproximadamente 200 disparos durante uma cobertura aérea na Zona Norte da capital fluminense, no último dia 5. A aeronave sobrevoava o Complexo de Israel, região sob domínio de facções criminosas. Apesar do ataque, não houve feridos.
A notificação oficial, enviada à emissora na última terça-feira (10), cobra esclarecimentos sobre as condições de segurança oferecidas a jornalistas e técnicos que atuam nesse tipo de cobertura. A coordenadora do sindicato, Virginia Berriel, classificou a situação como “gravíssima” e alertou para o risco recorrente a que esses profissionais estão expostos em áreas de conflito.
++ Nova lei italiana fecha portas para brasileiros e põe em xeque indústria da cidadania
Além do uso de helicópteros, o sindicato também critica o emprego de motolinks — cinegrafistas em motocicletas — para registrar imagens em locais perigosos, muitas vezes de forma isolada. Segundo Virginia, essa prática viola a legislação trabalhista, que exige ambientes seguros para a atividade profissional.
Caso outras emissoras também estejam adotando procedimentos semelhantes, o sindicato informou que notificará redes como Globo, Band e SBT. Se não houver resposta ou medidas concretas, a entidade pretende acionar o Ministério Público do Trabalho para exigir fiscalização contínua.
Não é a primeira vez que a Record enfrenta um episódio como este. Em 2021, um helicóptero da emissora foi alvejado durante uma cobertura na comunidade da Mangueira. O piloto foi baleado, mas sobreviveu, e o cinegrafista escapou sem ferimentos.
Não deixe de nos seguir no Instagram para mais notícias da Pardal Tech